segunda-feira, 25 de março de 2013

HIV, batalhas ganhas e outras tantas por travar

A cura funcional de uma criança infectada pelo vírus HIV foi amplamente noticiada e marcou uma nova era na historia deste vírus. Estamos no bom caminho quanto ao desenvolvimento de terapias cada vez mais eficazes.

Com esta onda de optimismo surgem também noticias algo preocupantes de um continente onde a infecção por HIV é endémica em várias regiões e a taxa de infectados parece não querer baixar, sim, falo de África. Por detrás desta realidade está não só a dificuldade no acesso a conhecimento e tratamento adequado mas uma cultura de crenças e tradições que é difícil ultrapassar.

Para muitos africanos, dizer que a Sida é causada por um vírus que  é transmitido por contacto sexual não é explicação suficiente, havendo ainda lugar para a possibilidade de haver magia negra e maldições por detrás desta "estranha" doença. Ainda se acredita que ter sexo desprotegido com uma virgem pode curar as pessoas com Sida. É fácil perceber como esta forma de pensar, que faz parte de crenças fortemente enraizadas,  leva a um numero crescente de novos contágios, sem grande alternativa de protecção ou cura.

Segundo um artigo da CNN, em algumas partes do Sul de África, as viúvas devem ter relações sexuais desprotegidas de forma a livrar a si e a sua família de maldições. As pessoas têm medo e acreditam que esse é o caminho da purificação, ao mesmo tempo que se colocam em maior risco de ficarem infectadas com o vírus HIV. Esta tradição levou mesmo ao desenvolvimento de negócios, havendo "profissionais" que cobram preços elevados pelos seus serviços, havendo viúvas que estão dispostas a pagar a fim de evitar uma maldição sobre as suas famílias.

É um pouco estranho e difícil de compreender, mas faz parte da cultura e mesmo que os obstáculos a nivel científico estejam a ser ultrapassados, chegar até essas pessoas e protege-las/cura-las é outra batalha longe de ser vencida.


 


quarta-feira, 13 de março de 2013

post 1. comunicação nos relacionamentos

Red shell partners
 
Este será o primeiro post sobre a temática dos relacionamentos afectivos. Tal como já referi algures, escrevo pelo belo prazer de reflectir sobre os assuntos e não por achar que sei exactamente como as coisas funcionam, é apenas mais uma teoria.

Uma das coisa que eu considero mais importante numa relação é a boa comunicação entre as pessoas. Cada relacionamento resulta na combinação de duas personalidades com historias individuais que passam a escrever em conjunto uma nova história. A verdade é que os relacionamentos "começam" da forma mais inesperada e inevitavelmente cria-se uma espécie de contrato implícito na cabeça de cada um, assunções não verbais que delimitam os limites, as expectativas e os objectivos da relação. Normalíssimos e óbvios para quem os pensa, mas nem sempre os mesmo que se criam do outro lado.

Uma parte fundamental da boa comunicação num relacionamento consiste em tornar explícitos as assunções que mentalmente criámos. Expor e perceber o ponto de vista de cada um, embora compreender e respeitar não seja sinónimo de concordar, nem tem que ser.

Antes de sermos capazes de verbalizar aquilo que esperamos de uma relação é necessário fazermos uma análise profunda e sincera às nossas vontades,  perspectivas e planos para o futuro. Não adianta tentar idealizar ou fazer/dizer o politicamente correcto quando no fundo não é isso em que acreditamos. Afinal o que é que esperamos de nós e da outra pessoa no relacionamento, o que é que nos realiza e o que não suportaríamos. Quanto mais cedo estivermos conscientes das nossas perspectivas e limites e das só outro mais facilmente evitamos frustrações desnecessárias. Não se trata de impor regras ao outro, mas seria cobarde e injusto esperar um determinado comportamento quando nunca manifestámos essa intenção de forma clara.

O que muitas vezes acontece é que, para cada um, o relacionamento assume uma dimensão diferente e cada um espera coisas diferentes do outro e da relação em si sem que no entanto isso seja comunicado entre ambos. A primeira divergência vai dar origem a desilusão e alguma magoa, que se nem aí for devidamente comunicada dará inicio a um ciclo ao estilo bola de neve e uma coisa que inicialmente era quase insignificante vai adquirindo dimensões cada vez maiores e com potencial para fazer mais estragos.

Por outro lado também se pode seguir um caminho mais fácil e agradável ao ego e ao ouvido numa fase inicial, que consiste em fazer de conta que estamos numa relacionamento perfeito e somos pessoas perfeitas, e aí, com as expectativas nos píncaros vamos acumulando frustrações a cada choque com a realidade. Dará contudo muito mais trabalho manter a imagem de uma coisa que não somos, mostrar agrado por uma coisa de que não gostamos e esperar de alguém coisas que nem lhe passam pela cabeça.

Diz a sabedoria popular que as mulheres têm por habito esperar que os homens adivinhem o que lhes passa pela cabeça, enquanto os homens são mais práticos e simplesmente não gostam ou têm grande jeito para falar de sentimentos.

É claro que haverá pessoas com maior e menor capacidade para comunicar neste tipo de assuntos, um passo importante é perceber que uma comunicação eficaz pode evitar e resolver muitos mal entendidos. Vale a pena deixar de lado as ilusões e algum orgulho e fazer um esforço por verbalizar o que lhe vai na alma ao mesmo tempo que também se tenta compreender o que se passa do outro lado. Ter noção das nossas limitações e das do outro e explorar o melhor de cada um.

terça-feira, 5 de março de 2013

Como anda a saúde e a doença

Afinal quais são as principais causas de morte no mundo e como variam conforme o país?
 
O Instituto de Métrica e Avaliação de Saúde (Institute for Health Metrics and Evaluation) publicou um novo relatório do panorama de doença actual e no site é possível ver como os dados sobre saúde e mortalidade variam nos diferentes países, regiões, faixa etária e sexo. Vale a pena brincar um pouco com estas ferramentas e perceber como as causa de morte têm vindo a mudar e o que é que mais anos de vida nos tira.


http://ihmeuw.org/30