quarta-feira, 30 de maio de 2012

Crianças como gente grande

"Children as young as five are being referred for treatment for depression and anxiety, the BBC has found."

Há qualquer coisa de errado nesta noticia.  Inicialmente era os casos de hiperactividade de levariam mais pais a levar as suas crianças ao psicólogo, não terá levado muito tempo para que a depressão e ansiedade também começasse a ser sinal de alarme.

"Experts said children are coming under increasing stress because of unemployment, financial problems and substance abuse among their parents."

A questão é, serão os problemas financeiros e abuso de substancias sinais dos novos tempos, será que  antigamente era mais fácil educar e ver crescer as crianças mentalmente saudáveis ou será que os pais estão a querer descartar-se de responsabilidades? Como é possível haver necessidade de colocar uma criança em terapia comportamental aos 18 meses de idade. Porque é que a depressão, ansiedade e comportamento obsessivo compulsivo  está a ser tratado com terapia comportamental e medicamentosa em crianças de 5 anos e não nas famílias?

Pelo que conta quem já tem experiência no assunto, as finanças e economias domésticas nunca foram tarefa fácil, manter a harmonia familiar também não. Tendemos para sociedades com mais liberdade de expressão e escolha, pessoas mais informadas,mas ao que parece mais stressadas e com menos tempo para os lidar com os problemas familiares. Talvez antigamente não se prestasse tanta atenção aos distúrbios de personalidade e comportamento eventualmente apresentados pelas crianças, talvez houvesse outras formas de lidar com o problema, talvez não houvesse medicamentos no mercado para o efeito e isso não fosse considerado doença que justificasse levar a criança a um terapeuta. A minha interpretação desta noticia está limitada à informação disponibilizada, mas assusta-me a forma como este tipo de procedimentos começa a ser considerado normal. Não é normal uma criança de 18 meses apresentar-se constantemente ansiosa, mas é provável que a causa dessa ansiedade resida no meio que o envolve, nas pessoas que lidam com ele, seria mais justo e eficaz detectar e tratar a causa e não partir para a analise e tratamento da criança em si. Os problemas vão continuar em casa quando a criança regressar da terapia, embora seja melhor tratar uma doença no seu inicio, parece-me demasiado precipitado querer controlar o eqilibrio dos neurotransmissores em tão tenra idade sem esgotar as outras opções. Que impacto terá isso na formação de personalidade, na aprendizagem, na interacção com os outros e nas famílias?

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Avanços na medicina

As expectativas dos médicos relativamente às patologias dos seus doentes têm vindo a mudar drasticamente ao longo dos últimos tempos. Quando o entendimento da fisiopatologia era pouco e o acesso a possíveis medicamentos/formulas era ainda menor acredito que fosse bastante frustrante assistir à dor e padecer dos moribundos sem grandes chances de os poder trata. Foi a era do empírico, tentativa e erro ou mal menor, acreditou-se que as sangrias podiam curar, as lobotomias ser a solução, que algumas doenças eram castigos divinos ou bruxaria, tentou-se de tudo um pouco e à sorte se curavam ou morriam. As evidencias ditavam as regras para os casos seguintes, não haveria muito tempo para doenças da velhice ou complicações apenas para a progressão natural.

Com o tempo apareceram os medicamentos que pareciam autênticos milagres, das plantas ou mais sintéticos, sugiram os analgésico e os antibióticos. Há medida que se sabia mais sobre as doenças aumentava a probabilidade de encontrar algo que pudesse influenciar a sua evolução. As guerras foram sem duvida um bom impulsionador dos avanços na medicina, pela necessidade e abundancia dos casos. As operações aumentaram e a "cura" começou a chegar a um maior numero de infermidades.

Quando já eramos capazes de diagnosticar e tinhamos algumas formas de tratar, percebemos que o ideal seria mesmo detectar a doença numa fase inicial, prevenir as complicações, iniciar o tratamento quando teoricamente há mais probabilidade de sucesso. Daí até querer tratar as doenças antes delas se manifestarem foi apenas um saltinho. Com  a melhoria das condições de vida e dos cuidados de saúde a esperança de vida tem vindo a aumentar e com ela o aparecimento de novas doenças típicas do envelhecimento que antigamente nem tinham oportunidade de se mostrar. Depois das vacinas que preveniam as infecções, começamos a querer prevenir doenças mais subtis, mais ou menos prováveis, mais ou menos graves. Surgiram as evidencias de que o custo da prevenção justificarias o resultado, tomamos vitaminas para o sistema imunitário ou porque são precisas ao organismo, tomamos cálcio para os ossos, os ácidos gordos para o coração, os minerais para os músculos e tudo e mais alguma coisa para o cérebro. São sabemos se iriam ser mesmo necessários, se estavam em deficit, mas mais vale prevenir. E já não estão só na farmácia, mas sim em qualquer prateleira de super mercado, a sua incorporação nos produtos processados justifica a carência do consumo de produtos naturalmente ricos nesses nutrientes.

Mas a história da prevenção tem vindo a tornar-se mais séria. A história clínica e familiar dos doentes, bem como a analise genética permite, para um leque considerável de patologias fazer previsões de probabilidades de incidência a fim de tomar as devidas precauções. Por outro lado temos métodos mais sensíveis e precisos para encontrar pequenas variações em marcadores, o preludio de algo que vai correr mal. É possível tornar as pessoas mais conscientes e responsáveis pela sua saúde, ainda somos o resultado da nossa alimentação e estilo de vida, pelo menos em parte, embora muitas vezes só nos lembremos disso depois das consequências. No campo da investigação cientifica e pratica clínica, as noticias são promissoras. Apenas na semana passada, anunciaram um teste para detectar artrite antes mesmo de doer, um estudo que ambiciona prevenir o aparecimento de alzeimer, ou a toma de estatinas por indivíduos saudáveis, com mais de 50 anos, para prevenir doenças cardiovasculares. Estas noticias vêm-se juntar a tantas outras que foram surgindo nos últimos tempos. As doenças também têm um ciclo de vida. Aparecem e ninguém sabe o que é ou o que fazer para minimizar os danos, até ao ponto em que já as topam à distancia e é possível evitar que façam estragos. Basta pensar no vírus do HIV, que antes era uma sentença de morte e hoje em dia já é quase considerada doença crónica. O problema é que há medida que umas se vencem surgem novos desafios, mas há esperança, se não for para breve, pelo menos com o tempo hão-de surgir novas estratégias para ir escapando e adiando e inevitável com a devida qualidade de vida.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Hard rain project

Whole Earth exhibition


"One of the most successful photographic exhibitions ever created, Hard Rain is a photographic essay that illustrates the interlinked challenges of climate change, poverty, population expansion, habitat destruction, species extinction, pollution and the wasteful use of resources. The exhibition brings these global challenges alive in a moving and unforgettable way..." (daqui)

Vale a pena ver a compilação de fotografias do Hard Rain Project Whole Earth exhibition apresentada pelo The Guardian aqui. O projecto não é recente, mas a preocupação continua actual, de facto é necessário "alinhar os sistemas humanos e natura". Há toda uma realidade que passa ao lado da maioria das pessoas, por ignorância ou conveniência. Provavelmente não temos grande poder para fazer as mudanças que gostaríamos de ver acontecer, parecem mundos diferentes, pessoas que não são como nós nem tiveram a sorte de ter as mesmas hipóteses que a maioria considera bem adquirido e seu por direito, por outro lado a natureza dá sinais de si, dos abusos que lhe infligimos e da sua força latente, pelo menos não fiquemos indiferentes.





segunda-feira, 21 de maio de 2012

Morte

"If a way to the better there be, it lies in taking a full look at the worst."

Pensar na morte está longe de ser considerado um pensamento positivo, contudo há evidencias de que ter uma noção realista do inevitável fim da vida tem consequências positivas. Quando se pensa no futuro a longo prazo, há poucas coisas que podemos imaginar como certas, excepto a morte. Natural e inevitável, a noção de que não somos eternos coloca uma pressão adicional para não adiarmos eternamente os planos e objectivos de vida, para valorizarmos pequenas coisas e pessoas, reorganizar prioridades e ter mais cuidado com a nossa saúde e bem estar. Cientificamente provado e defendido por Kenneth E. Vail III  neste artigo, ter noção da finitude da vida motiva atitudes e comportamentos de protecçao e bem estar. Talvez devêssemos deixar de pensar/falar na morte como tema tabu ou um sinal de depressão ou pessimismo.

A maneira como encaramos o tema varia, certamente, com a idade e circunstâncias pessoais. Há a idade em que nem nos passa pela cabeça que as coisas não vão ser assim para todo o sempre e depois, a pouco e pouco, ou de forma mais brusca, começamos a pensar no assunto. Se partilharmos a ideia com alguém o mais certo é sermos encorajados e deixar de pensar "nessas coisas" e livramos-nos de todo e qualquer vestígio de pensamento mais sombrio ou depressivo. Não sei até onde é benéfico pensar na morte, a ideia não é acharmos que podemos morrer subitamente a qualquer momento, mas, a negação eterna não será a melhor opção. 


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Leis da atracção

Nem sempre é fácil perceber as leis da atracção. Por que raio nos interessamos por determinado "tipo" de pessoas, mesmo depois de uma má experiência. As mulheres queixam-se que só se apaixonam pelos tipos errados, que não querem mais do que aventuras e não estão propriamente interessados nos seus sentimentos, e os homens (os bonzinhos) queixam-se porque é que apesar de terem todas as características teoricamente ideais para uma boa relação não conseguem despertar interesse nas mulheres. Parece que a culpa é das hormonas. Aliás acho que a maioria das pessoas encontra nas hormonas uma óptima explicação e desculpa para a maioria dos erros de casting e ao que parece há estudos cientificos que sugerem isso mesmo. (Podem encontrar aqui uma boa exploração do tema).

O grande desafio é precisamente entender porque é que as mulheres têm tendencia para se interessar ou sentir atraídas pelos maus da fita, pelos homens arrogantes, eventualmente idiotas e com pouca vontade ou perfil para uma relação convencional. A explicação poderia ser simples, as mulheres podiam estar interessadas numa aventura e não numa relação, mas não, não é essa a razão, ao que parece, as mulheres acreditam mesmo que esses homens poderão ser bons companheiros e bons pais. Ou seja, entre um "garanhão/arrogante" e um "certinho/intelectual", a escolha recaí sobre o primeiro, pelo menos durante o periodo da ovulação, quando as hormonas têm mais direito de antena. (Peço desculpa se a abundante adjectivação dos ditos homens torna o texto confuso, mas não consigo encontrar uma só palavra que defina convenientemente os tipos de homens a que me refiro, a minha intenção não é ferir susceptibilidades.) Não me parece que as mulheres, de forma geral, gostem de ser apenas mais uma, pouco valorizadas, tratadas com desleixo ou apenas procuradas nas horas de conveniencia, logo a escolha de um garanhão em vez de um certinho, não tem muito de racional, mas talvez mais de impulso hormonal e pouco consciente. Não será facil, nem desejavel controlar completamente isso, mas podemos sempre culpar as hormonas e olhar melhor.

Do outro lado da moeda encontram-se os homens que mais facilmente focam a sua atenção ou abordam uma mulher atrevida/oferecida do que uma intelectual/recatada. A questão acho aqui acho que nem se coloca, é hormonal e nem varia com a altura do mês, talvez varie com a fase da vida.

Apesar do estudo apresentar conclusões engraçadas, talvez seja uma visão um pouco simplificada. Há vários factores que distinguem os granhões dos certinhos, para além de serem mais concorridos, arrogantes, egocêntricos e insensíveis, são também mais auto confiantes e seguros de si. Penso que, nalguns casos, é essa atitude que torna alguém mais atraente e apelativo, pelo menos num primeiro impacto.

Obviamente que nem todos os homens são puramente garanhões/arrogantes ou certinhos/intelectuais, há uma ampla variedade de combinações com diferentes graus de cada traço. A combinação é certamente mais interessante do que o extremo.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Multitasking

Se pensarmos um bocadinho é fácil identificar vários novos hábitos amplamente enraizados que são resultado da evolução tecnológica dos últimos tempos. Com o aparecimento e modernização dos telemóveis (inteligentes ou não) e a nossa mania de estar permanentemente contactável e em contacto surgiram novos habitos e por assim dizer novos perigos. Prova disso são as cabeçadas, as quedas, os encontrões e eventualmente atropelos a que ficam sujeitos os seres que decidem se deslocar na rua enquanto lêem/escrevem mensagens ou fazem outro tipo de actividade no telemóvel que absorva atenção. O multitasking é quase sempre aliciante, mas ao que parece, nestes casos, é perigoso. O assunto está ser estudado e levado a sério em alguns países e já há quem defenda multa para os infractores, nomeadamente nos Estados Unidos, tal como se pode ler aqui.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Princípios

Não gosto muito de regras rígidas, prefiro princípios. Alguns foram mudando e hão-de mudar, mas há outros de que dificilmente abdicaria. Um dos princípios básicos que aplico à convivência com outras pessoas, é o de nunca exigir mais do que aquilo que eu estou disposta a dar. Até agora parece-me que funciona bem e adequa-se a quase todos os tipos de relações, com os devidos ajustes claro. Faz-me confusão quando as pessoas esperam demais sem se quererem comprometer ou sem se questionar se estariam dispostas a fazer isso se estivessem do outro lado, vulgarmente conhecido por colocar-se no lugar da outra pessoa.

Depois há ainda as pessoas que têm a ambição de modelar os outros à sua maneira de ser e hábitos. Parece-me sempre um ponto de partida para um monte de problemas e desilusões. Por outro lado, uma acção forçada perde todo o seu encanto e valor. É quase uma questão de orgulho ou respeito próprio, ou é livre e espontâneo ou não vale a pena ser. É lógico que haverá adaptações ou ajustes que um e outro farão com vista a melhor sintonia, mas sentir que é necessário mudar a essência para cumprir requisitos parece-me um preço demasiado elevado que pode ou não justificar, tendo em conta aquilo que se pretende da relação.

É claramente mais fácil manter sempre uma postura ou atitude que é natural em nós e não imposta por outra pessoa ou pela nossa vontade de agradar contudo, há coisas que vamos mudando, mas por nós, porque estamos numa fase diferente, porque a nossa visão é outra ou porque achamos que é altura de fazer as coisas de forma diferente.

O ponto critico é quando nos vemos a fazer coisas "estranhas" por outras pessoas, não porque seja um habito em nós, mas porque gostamos dessas pessoas ao ponto de as querermos ver bem e nos dá gozo fazer essas adaptações. O que é que nos move? Não foi imposto pelo outro e não estamos preocupados em agradar (ou melhor, talvez estejamos, mas não ao ponto de dissimular vontades) é algo natural. Pode parecer altruísta, talvez o seja mas a maioria das vezes a recompensa chega na forma de endorfinas. Não nos tornamos serventes nem escravos, nem nos sentimos dessa forma, somos livres para fazer o que queremos e escolhemos fazer alguma coisa por outra pessoa. Fazemo-lo porque nos vamos sentir bem ao fazer a outra pessoa sentir-se bem, é empatia, é amor, é socialização? Talvez. Qualquer coisa será.

Inovação

“We didn’t want to do the same things that everyone else is doing, and expect different outcomes,” 
 Thomas Zurbuchen (Nature news blog)


De há uns tempos para cá comecei a interessar-me por inovação. Inovação caracteriza-se pela criação de produtos, processos, tecnologias ou serviços mais eficientes e melhores com aceitação pelo mercado. Bem, o meu interesse, para já, não é criar nada para lançar no mercado, mas a ideia subjacente ao processo criativo é aliciante.

O paradigma da investigação para desenvolvimento do conhecimento tem vindo a mudar nos últimos tempos, deixámos de ter investigadores a trabalhar de forma isolada para passarmos à crescente tendência das parcerias e colaborações. Tendo em conta que os fundos disponíveis para a investigação escasseiam e que a diversidade pode ser uma mais valia para o desenvolvimento de novas visões e ideias, penso que só temos a ganhar com este tipo de abordagem.

Esta semana, a Universidade de Michigan anunciou um mecanismo de inovação inovador-Mcubed, que consiste na atribuição de fundos apenas por colaborar com uma ideia. É ambicioso e talvez um pouco arriscado, mas a funcionar será sem duvida um bom estimulo à criatividade e inovação.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Uma senhora

Metade do que sou

Metade do que sou
É alegria
A outra metade
Melancolia.
Metade do que sou
É esperança
A outra metade
Desconfiança
Metade do que sou
É solidão
A outra metade
Festa
Metade do que sou
É turbilhão
A outra metade
Silêncio.
Quem me dera poder ser
Apenas a metade
Que tu desejas ter!


Helena Sacadura Cabral

Descobri alguns textos desta senhora depois de ver a entrevista do alta definição. As nossas histórias são provavelmente o que mais marca e define a maneira de ser ao longo da nossa existência. Não há histórias nem pessoas iguais, mas há pessoas que têm uma forma muito especial de digerir e encarar a vida, penso que Helena Sacadura Cabral é uma dessas pessoas. Nesta entrevista expõem uma filosofia de vida e visão sobre a condição humana bastante interessante e talvez até invulgar para a sua geração e tantas outras que se seguiram. Vale a pena ver.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Somos o que dizemos

Parece que a nossa maneira de escrever e falar diz mesmo mais sobre nós do que se suspeitava. O psicólogo James Pennebaker, defensor da escrita expressiva interessou-se pela forma como as pessoas se revelam através da maneira como falam e escrevem. Daí resultou o livro The Secret Life of Pronouns, onde explica a relação entre o uso da linguagem natural, a personalidade e vida social. Parte da sua investigação baseia-se num programa de analise linguística que calcula a percentagem de palavras de um dado texto pertencente a diferentes categorias.

No site do livro pode ainda encontrar-se alguns testes que põem a prova a nossa linguagem e a nossa capacidade de interpretação da linguagem alheia.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Medo

Aparentemente o vídeo foi colocado online ontem e não para de somar visualizações. Percebe-se porquê, de um lado uma leoa a tentar alcançar o que lhe parecia ser um bom jantar, do outro um miúdo completamente descontraído, no seu mundo, sem mostrar quaisquer sinais de medo perante tamanho animal. A leoa atraída pelo padrão das riscas pretas e brancas, num ser pequeno e aparentemente fácil de alcançar, pré-definida para as associar a uma boa presa, certamente não contava com a resistência apresentada pelo vidro. Já o miúdo não sente a ameaça, apenas curiosidade, afinal o medo e a noção de perigo é algo que se aprende, não vem de fabrico.


terça-feira, 1 de maio de 2012

Pouco sentido


"What do you want a meaning for? Life is a desire, not a meaning."
Charlie Chaplin

Thailand Picture

Nunca achei muita piada às interpretações que se faziam dos poemas nas aulas de Português. A piada de ler bons textos ou ideias é que nunca chegamos a saber os reais sentimentos ou motivações por detrás da sua escrita. Podemos suspeitar ou andar la perto, mas a maioria das vezes a mensagem ganha uma nova vida e sentido nos meandros dos nossos neurónios. Não vale a pena forçar interpretações, cada pessoa encontrará a que lhe faz mais sentido.