sexta-feira, 3 de maio de 2013

post 2. interesses comuns


Do opposites attract?

Há a visão romântica de que os opostos se atraem. Eu não concordo. Até pode despertar alguma atenção, mas normalmente não é sustentável.

Os relacionamentos baseiam-se na procura de soluções para as nossas necessidades, muitas vezes de forma inconsciente. Ou seja, tentamos encontrar alguém que nos complementa, que nos ajude a aprender, a curar e a crescer.

Se há coisa que fortalece uma relação é a existência de interesses comuns. Até podemos achar a diferença interessante, mas no fundo o que nos faz aproximar é o entusiasmo que se partilha pelas mesmas coisas. Tendencialmente gostamos de pessoas com as quais nos identificamos ideologicamente, que têm ambições semelhantes, que gostam daquilo que nós gostamos. Não se trata de procurar alguém igual a nós, mas sim alguém que nos complementa. Alguma divergência também tem a sua piada, mas se for o oposto o mais provável é que se torne insuportável.

Numa relação é importante ter uma visão clara dos nossos interesses e dos interesses do outro. O que gostamos e não gostamos de fazer, o que ainda não se conhece mas se gostaria de experimentar. Interesses em comum podem gerar boas conversas, incentivos e momentos de convívio para o casal. Por outro lado é importante perceber que não é essencial que os dois gostem exactamente das mesmas coisas, é claro que há actividades que as mulheres apreciam, que os homens dispensam com prazer e alivio e vice-versa. Para isso existem os programas com os amigos/as ou a sós.

À medida que a relação se consolida as semelhanças tornam-se ainda mais importantes. Desde o tipo de alimentação, passatempos e estilo de vida até às ambições e planos futuros. Idealmente, há uma adaptação bilateral com vista à convergência, se houver posturas opostas em aspectos essenciais torna-se difícil avançar sem atropelar alguma das partes. Por outro lado, o respeito e tolerância pelas diferenças permite relativizar as divergências e dedicar-se ao essencial.