sábado, 24 de novembro de 2012

Afinal o que é que queremos?

Há muitas teorias sobre a realização pessoal, bem estar e felicidade das pessoas. Afinal o que é que nos move? O que é que nos faz bem à alma ou o que é que nos faz feliz? Em que é que consiste a realização pessoal? Há dias em que tudo parece fácil, natural e prazeroso e há os outros em que nada parece encaixar, correr como previsto. Há dias em que parece que sentimos o universo a conspirar em nosso favor e outros em que parece que todo o mundo acordou para nos contrariar.

Sim, o dinheiro e a liberdade de escolher a forma como se vive contribui para a felicidade, mas não é uma meta, é caminho. Gostamos mesmo é do desafio, ter um ideal, ter um plano e ir vivendo no sentido de o concretizar. Às vezes é impossível, e nós sabemos isso mas mesmo assim acreditamos porque dá estimulo para continuar. E a felicidade aparece pelo meio aqui e ali, como recompensa ou por acaso. Há quem acredite que quando acabar qualquer coisa, quando casar, quando tiver uma casa, quando tiver filhos aí sim vai ser feliz, como se achasse que a vida actual não é suficiente, é ilusão e quanto mais tarde se apercebem disso mais dói. É preciso ter ambição, mas a valorização e gratidão pelo que se tem também ajuda a que não se adie eternamente a felicidade consciente. Somos seres complexos, há muitas variáveis e nem sempre está tudo em alta. A nossa incapacidade de controlar determinados acontecimentos é frustrante, mas faz parte das regras do jogo. Temos diferentes estratégias para colmatar esta frustração, as actividades paralelas, os escapes, a descontracção e as massagens ao ego. Precisamos de sentir que somos capazes, que fazemos alguma coisa de útil, que somos dignos de reconhecimento e se não acontece numa área procuramo-lo noutra. Neste campo encontra-se o voluntariado, a dedicação a causas nobres (ex. família/amigos), o gozo de exibir um carro ou uma roupa/ou outro acessório novo (daí que a generalidade das mulheres aprecie fazer compras e boa parte dos homens aprecie grandes maquinas), o jogo e o desejo de ganhar, actividades físicas ou mentais e o desejo de ganhar ou se superar, a religião e o sentimento de pertença e as actividades que nos levam para outras realidades como os livros, os filmes, as novelas ou histórias da vida dos outros em geral. A frustração pode mesmo servir de estimulo para se tentar novas coisas e novos limites ao mesmo tempo que recarregamos energia para continuar a fazer qualquer coisa mais ou menos. Pelo meio há fazes de inovação e rotura com determinados hábitos, há acontecimentos inesperados, há azares e há sortes. Temos uma óptima capacidade de adaptação a novas realidades tal como também nos sabemos acomodar com facilidade. Não há uma resposta clara e única para as questões do inicio deste post. cada um terá as suas respostas e provavelmente vão mudar com os anos e fases da vida. Somos seres complexos e inconscientemente buscamos um equilíbrio, qualquer coisa que vá resultando no meio do caos e nos dê combustível para o resto.

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